6 de mai. de 2018

VOLEIBOL MINAS GERAIS: O TÍTULO DO PRAIA CLUBE E O HEXACAMPEONATO DO CRUZEIRO SÃO O MÍNIMO NO CENÁRIO, QUE É MUITO MAIOR (II).

Passada a refrega, vamos à decisão da Liga Nacional de Voleibol Masculino: o Cruzeiro venceu pela sexta vez. Ah! Deve ter sido moleza! Poderia parecer se considerarmos o desempenho do Cruzeiro, ao longo dos anos: três títulos mundiais, cinco sul americanos e cinco da super liga (atingiu o sexto com a conquista de hoje).
Vejamos os retrospectos das semi-finais e das finais. Nas semifinais, o Cruzeiro saiu perdendo para o Taubaté por 2 x 0 (três a um; três a zero), logo nas duas primeiras partidas. Teve de vencer as três restantes para passar às finais (três a zero; três a zero e três). Na primeira partida das finais, venceu por 3 x 2, com marcas muito apertadas nas parciais.. Na segunda teria de vencer para evitar um super set extra. Venceu por 3 x 2 (parciais de 25 x 16; 17 x 25; 25 x 22; 23 x 25 e 22 x 20).
O que ficou demonstrado, desde as semi-finais, foi que o Cruzeiro teve de vencer adversários dificílimos (perdendo alguns sets), todos de altíssimo nível. Ficou patente, ainda, que o nível dos times que ficaram nas quartas de final era altíssimo. Um esforço para nenhum chapa de carreta botar defeito.
Por que acho isso tudo "mínimo"? Porque penso que a vitória do volei mineiro (tema destas duas postagens de hoje, a outra em http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2018/05/voleibol-minas-gerais-o-titulo-do-praia.html) não é o principal, mas importantíssimo é conseguir vencer entre os melhores. Penso que a observação mais valiosa é a do altíssimo nível de nosso voleibol.
Não resisto à tentação de voltar a comparar voleibol com futebol. Embora a seleção brasileira seja penta-campeã mundial, não vejo no futebol o mesmo panorama que encontramos no volei: muitos times competindo em altíssimo nível, resultando em participações destacadas, seguidamente, nas competições mundiais. Nosso futebol, infelizmente, não acompanha. E nem se venha dizer que nossos melhores futebolistas vão para a Europa, porque quase todos os craques do volei já passaram por isto, inclusive treinadores.
Tenho tentado lucubrar sobre eventuais possíveis causas, sem concluir. O máximo que consegui está no cadikim, em "Futebol e Voleibol: por que as diferenças?" (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/03/futebol-e-voleibol-por-que-as.html). Pode ser que alguém pense sobre e traga alguma luz. Acho que o futebol tem muito a aprender com o volei.


Foto: Gazeta Esportiva
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