31 de mai. de 2013

COMPLEXO DE VIRA-LATAS. O BRASILEIRO PARA NELSON RODRIGUES.

Tenho visto comentários sobre o duvidoso prestígio do futebol brasileiro, perante o mundo. No ranking da Fifa, ocupa o décimo nono lugar, atrás de Croácia, Portugal, Colômbia, Equador, Costa do Marfim, Grécia, Suíça, Bélgica e México, que  - que eu me lembre - não contam com qualquer conquista da Copa (http://pt.fifa.com/worldranking/rankingtable/index.html).
Por aqui, uns dizem que não temos mais tantos talentos como antigamente, que não temos revelado tantos jogadores como antigamente. A maioria fala de gestões deficientes, incapazes e outros fatores negativos. Ou estão ignorando este último fator citado (gestões deficientes), ou estão querendo disfarçar alguma coisa. Nunca se sabe.
Leio na revista Veja, edição 2323, 29 de maio, seção Holofote, página 52, sob o título “Fábrica de craques”, que o Barcelona inaugura uma escola para formar jogadores no Rio de Janeiro, para crianças de 6 a 12 anos. Vem fazer acampamento no nosso matinho!
Devem ser uns malucos, uai! Sair lá da Espanha para vir abrir escolinha de futebol no Brasil, em território de “sem talentos”, mesmo já tendo oito unidades da FCBEscola, fora da Espanha?
Ou, então, estão certos de que temos material humano de boa qualidade, mas não conseguimos aproveitar.
Ou será o famoso complexo de vira-latas a que se refere Nelson Rodrigues?
Ou haverá linguiça por baixo do pirão? (ah! Stanislaw Ponte Preta, sempre desconfiado!).

Imagem: E o tempo está no pensamento
http://feelthisday.blogspot.com.br/2011/09/coracao-vira-lata.html

SÓ FALTOU NELSON RODRIGUES!

Victor defesa pênalti jogo Atlético-MG Tijuana (Foto: Reuters)Sim! Só faltou Nelson Rodrigues para incorporar, descrever e deitar toda a sua imensa paixão na defesa feita por Victor, no jogo do Galo com o Tijuana, ontem.
Sem a autoridade do mestre, tiro minhas conclusões: os torcedores do Galo passaram da euforia à depressão e retornaram à euforia em menos de cinco minutos (contando a lereia entre a marcação e a cobrança). Classificado! Desclassificado! Classificado de novo! Demais para a paixão humana! Havia torcedores chorando, outros virando as costas, alguns rezando... de tudo! Aí, vem o Victor e movimenta aquela perna esquerda, mandando a bola para bem longe. Muitos jogadores, de um lado e de outro, ficaram paralisados, em estado de choque. O tempo para absorver parece ter durado mais que os noventa minutos já jogados. A torcida não coube em si e o Independência só não explodiu literalmente porque era apenas um caldeirão, não uma panela de pressão.


Foto: globo.com - REDAÇÃO SPORTV
http://sportv.globo.com/site/programas/redacao-sportv/noticia/2013/05/redacao-am-narrador-quase-morre-com-defesa-de-penalti-de-sao-victor.html 

30 de mai. de 2013

TELEVISÃO NÃO É PARA OUVIR. É PARA VER. E FIM!

Sei que tem gente que fica com a tv ligada todo o tempo, mesmo que não esteja vendo, por conta de afazeres. Já me disseram que é bom, que parece haver alguém em casa. Já concordava pouco. Agora, concordo menos.
Bem Estar
Estava eu só em casa, preparando-me para um banho, tv ligada na Globo, em "Bem Estar". Ouvi falando em pílula do dia seguinte. Aí, a apresentadora falou: "Vamos dar uma demonstração".
Fiquei de orelha em pé! Será que vão mostrar isto em tv aberta, às dez da manhã? Segui ouvindo, mais ou menos o seguinte:
Não é para ir atropelando, não! É bem devagar... devagarinho... É como dar uma chacoalhada (isto mesmo, gente! chacoalhada!) na mulher (estava falando de efeitos da pílula, mas eu só ouvi isso aí escrito. logo...). É preciso cuidar, é para o caso de a camisinha soltar-se, ou de furar...
Não me aguentei. Corri para a frente da tela. Decepção! Estavam lá a mocinha apresentadora e um médico, todo paramentado. Em um aparador, aparelhos, tubos de ensaio, uma cuba com um líquido verde...
Não, aquilo não é usado para fazer aquilo!
Concluí e indico: quando estiver sozinho(a) em casa, ocupado(a), não deixe a tv ligada, por nada deste mundo! De repente, começam a falar coisas assim e você começa a viajar,... viajar,... viajaaar...viaaajjjaaaaar...
Isto não é bem estar! Definitivamente!

Foto: Blog TV Tudo
http://blogtvtudo.wordpress.com/2013/05/30/hoje-no-bem-estar-30052013-na-quinta-fala-sobre-pilula-anticoncepcional/


FALTA UMA CERTA ORGANIZAÇÃO...


Bom Dia Brasil, hoje, pela Globo. Falava-se das dificuldades dos ciclistas em vários lugares, no Brasil. As ciclovias não se encontram, implantadas que foram em vias paralelas. Na santa ignorância de quem precisa de apenas seis anos para formar-se em engenharia e, depois, especializar-se em urbanismo, engenharia de trânsito, etc., acho muito difícil fazer ciclovias encontrarem-se longe do infinito, sem fazer com que cruzem vias por onde trafegam carros, ônibus, caminhões... O confronto será inevitável. Viajandão, penso em viadutos estreitos, exclusivos para bicicletas. Dificuldade: mostraram-me que, em Brasília, onde há ciclovias exclusivas em canteiros centrais (estive lá quando estavam construindo), os espaços dos ciclistas são disputados com pedestres, motociclistas e até condutores de carros, estes atalhando para fugir de congestionamentos. Já vi alguns viadutos para pedestres, em São Paulo, nos quais foi necessário implantar obstáculos, como mata-burros, para evitar motos e bicicletas. Ou seja: ninguém está a fim de respeitar nada e o Estado não tem capacidade para fiscalização plena. No mais, não acho possível adotar mecanismos para evitar pedestres em viadutos para ciclistas.
Será que sou pessimista? Que não vejo solução para nossos problemas?
Tenho cá minhas dúvidas. Pois se os especialistas não acham, por que é que eu - que ainda tenho pelo menos seis anos pela frente, para formar-me em engenharia e outras bossas - eu, repito, conseguirei achar?
Comentando a questão da insolucionabilidade das ciclovias, Márcio, âncora do Bom Dia, disse que falta uma certa organização.
Será só para ciclovias? Vejo o Engenhão, estádio com tempo relativamente pequeno de utilização,  e a Fonte Nova, novinha em folha, com problemas nas respectivas coberturas; vejo jovens trocando porrada nas escolas e agredindo professores; vejo parlamentares xingando-se e lançando mútuas acusações no Congresso; vejo... até cerveja quente em alguns bares. Vejo televisão, gente!
Acho que tem muitas mais atividades precisando de uma certa organização.

Imagem: Isto É.
https://istoe.com.br/382253_O+DESAFIO+DAS+CICLOVIAS/

TEM JUIZ QUE VÊ. TEM JUIZ QUE NÃO VÊ. MELHOR TERIA SIDO JOGAR COMO SE O JUIZ FOSSE VER TUDO.

Fluminense joga com a vantagem de um empate com gols para passar de fase (FOX)
Brasileiro é metido a mais malandro do que os outros. Aqui, nossos juízes fazem cara de paisagem, para muitos tipos de falta. Os comentaristas falam que futebol é jogo de contato. Então, um empurrãozinho dentro da área não é pênalte, porque não chegou a desequilibrar quem o levou; segurar por trás, principalmente naquele "segura-larga-segura-larga" é coisa inocente.
Foi aí que o Fluminense perdeu o jogo e a classificação para o Olímpia.
Digão empurrou o paraguaio. Deu para ver a mão apoiando-se nas costas. Pênalte e gol. Mas o empate ainda era bom. Aí veio o Leandro Euzébio e fez o tal de "segura-larga-segura-larga". Falta que virou gol. A vaca, que já estava a caminho, foi definitivamente para o brejo.
A rigor, o Olímpia sempre foi mais objetivo do que o Fluminense. O abafa no final poderia ter resultado em gol, mas isto era muito incerto. Sem jogada organizada.
Se o Galo passar, amanhã, penso que será essencial que jogue, contra o Olímpia, sem o nosso estilo de faltas "inocentes".
O juiz poderá ver.


Imagem: FOX SPORTS
http://www.foxsports.com.br/noticias/103506-veja-os-cinco-pontos-que-podem-decidir-olimpia-x-fluminense

28 de mai. de 2013

VALOR RECEBIDO PELO SANTOS NA TRANSAÇÃO ENVOLVENDO NEYMAR? OBJETIVIDADE? NEM NO PAU DE ARARA!

Apresentação Santos x BarcelonaAssisti à entrevista com o presidente em exercício do Santos, no programa Arena Sportv. Pergunta feita por Marco Antônio, sobre a transferência de Neymar para o Barcelona: "quanto o Santos vai receber líquido nessa negociação?"
Presidente do Santos: "...respondendo objetivamente a sua pergunta, ela tem cláusula de confidencialidade, então os valores não podem ser revelados...".
Respondeu muito objetivamente, mesmo!

Nota atual do cadikim: A notícia da cláusula de confidencialidade já havia corrido no Brasil, desde maio de 2013, como está aí em cima. Penso que não é hora de falar mais nisto, pelo menos no Brasil, uai!

Imagem: Lance!Net.
http://www.lancenet.com.br/santos/sonhado-Santos-encara-Barcelona-Mundial_0_610139073.html

COMO A VIDA MUDA SEM INTERNET


Ontem Patos de Minas ficou sem internet. Reclamações, providências... muita demora.
Durou o dia inteiro. Nenhuma compensação! Falhou porque falhou, uai! Cavacos do ofício.

Vai daí que o cadikim ficou fora do ar, após as 11 horas. Não tivemos como compartilhar as besteiras do véio. Mesmo assim apareceram leitores, o que nos alegra muito.
Cadikim vai tentar compensar a falha, mesmo não tendo sido sua. Mas os interessados têm nada com isto. Chegam para ler e isto agrada o véio.
Bom dia com alegria enorme para todos.

Imagem: SempreUpdate.

ARRASANDO EM BATERIA CASEIRA





Emocionou-me assistir à apresentação quase solitária do garoto baterista, em vídeo que está no face. Foi o Wander Porto quem postou. Como os vídeos que postei aqui não ficaram fáceis de abrir (incompetência do véio), posto o link. Achei maravilha e agradeço ao Wandão por ter postado.

http://www.facebook.com/photo.php?v=123184111219525&set=vb.130824543739008&type=2&theater


Foto: youtube
http://www.youtube.com/watch?v=dBBwJUht4a4




INVICTUS DANCE TEAM NA FESTA NACIONAL DO MILHO

Vi muita coisa boa no Balaio da Festa Nacional do Milho 2013. Dentre elas, uma apresentação do Invictus Dance Team, com Dança de Rua. Prefiro usar o velho bigodudo de tamancos - o Português. Por que copiar os outros, se os outros não nos copiam? Pelo contrário, tomaram (como é de seu feitio e costume) de um esporte criado por aqui, chamado futebol de areia - que pode ser jogado em qualquer lugar onde haja areia - e transformaram em beach soccer, praticado mesmo onde não haja praia.Foto da capa
Achei muito legal a apresentação do Invictus, muito bem coordenada, muita expressão. Pena que não tenhamos apresentações mais frequentes. Acho que aqueles rapazes e aquelas moças podem levar esse tipo de cultura a muitos outros lugares, para alegria de muita gente.
Fiquei conhecendo alguns deles, que me trataram com muita gentileza, contrastando com aquela agressividade própria da dança. Na base de "a mão que toca um violão, se preciso faz a guerra" ao contrário, naquelas expressões de força e violência pode estar guardada muita gentileza, muita ternura...
Parabéns para Alex e Alan - com quem pude conversar um pouco - e para todos os componentes do Invictus. Se se apresentarem mais, a gente acabará conhecendo todos, devarinho, como é bom. Quando acontecer, valerá a pena conferir.

DE OLHO EM RIQUELME! TEM VARIAÇÃO DO "AGARRA-AGARRA" NA ÁREA. O JUIZ NÃO VIU.

riq.jpgObservei durante o jogo Boca x Newell's Old Boys. Aconteceu duas vezes, pelo menos. Já sabemos que os juízes não têm conseguido controlar o agarra-agarra na grande área, quando se vai cobrar falta ou escanteio. Pois não é que ou o Riquelme ou o técnico do Boca achou jeito? Um jogador argentino ficava frente a frente com um adversário, bem próximo. Atrás desse argentino, Riquelme, segurando-o pelo ombro (agarra-agarra ao contrário). Bola viajando pelo alto, Riquelme empurrava o companheiro sobre o adversário que estava à frente deste, para o lado direito, e saía pela esquerda. Uma das vezes, conseguiu cabecear, por cima, mas conseguiu. Se os técnicos que irão enfrenar o Boca não tomarem cuidado, irão tomar gol assim.

Foto: Jogo Aberto // Lédio Carmona.
http://sportv.globo.com/platb/jogoaberto/2009/01/page/3/

24 de mai. de 2013

PALMEIRAS VAI JOGAR EM ITU, NO SÁBADO. SERÁ QUE DÁ CONTA?

Sei não, viu? Se as dimensões do campo estiverem nos padrões da cidade, penso que os dois times não aguentarão nem o primeiro tempo.




Esse aí é só para futebol society, hein?
 
Foto: Royal Boulevard
-e-spa.asp?p=futebol-society



23 de mai. de 2013

FUTEBOL: QUEM RECLAMA TAMBÉM NÃO É ANJO

Ronaldinho Gaúcho Leandro Gueirreiro cabeçada (Foto: Reprodução SporTV)
Arnaldo César Coelho incriminou Ronaldinho
no Bem Amigos. Quanto a isto, está certo.
Mas não falou da ação de Leandro Guerreiro.
Postei aqui um comentário sobre a ausência de anjos em futebol. Dirigentes do Cruzeiro vieram reforçar. Segundo notícia pela tv, buscaram, na Justiça Desportiva, providências contra Ronaldinho Gaúcho, por incitação à violência, dizendo que, na final do campeonato mineiro, fez gesto de lançar uma granada contra a torcida do rival, e porque "agrediu" Leandro Guerreiro.
Não vi o "lançamento de granada". Acredito que tenha ocorrido. Tardelli tem comemorado gols "disparando" uma metralhadora imaginária. Em outro jogo, um companheiro "pediu emprestada" a mesma "arma", para comemorar um gol que fizera.
Esta conduta está frequente em vários times. Vejam bem: escrevi  frequente e não normal. Tenho visto a expressão "normal" usada com o sentido de frequente. Narradores e comentaristas dizem que determinada jogada é normal, falam mesmo em falta normal, como se falta pudesse ser normal. O que é normal não é falta.
Não estou nem defendendo a conduta dos atleticanos, nem repudiando. A conduta denunciada tem sido frequente.
Como acabar com isto? Não sei. Mas penso que poderíamos começar erradicando determinadas expressões criadas por narradores, adotadas por jogadores, e que transmitem a ideia de violência. Jogador raçudo virou guerreiro; centroavante que, como Dadá Maravilha "...não perdoa, marca!", no bordão de Fernando Sasso, agora é matador. E é frequente comentaristas dizerem que determinado jogo vai ser "uma guerra".
Acontece de determinados jogadores gostarem de provocar a torcida adversária, principalmente nos clássicos. Alguns excedem-se. Kleber, jogando pelo Cruzeiro, contra o Galo, marcou e saiu imitando uma galinha batendo asas. É claro que a torcida chia. Um jogador paulista, após marcar contra o São Paulo, dançou, sapateando sobre a bandeira do adversário, para comemorar. A torcida queria partir para a briga.
Infelizmente, não é raro acontecer de a imprensa, buscando emulação para a torcida comparecer, cria ambiente de hostilidade.
A violência no futebol não está só entre jogadores e entre torcedores. Vai muito além disto. Penso que os setores interessados deveriam pensar sobre modos de reduzir violência, e não só criticar, clamando por vandalismo, por punições... Olhar para dentro.
Quanto à cabeçada que Ronaldinho deu em Leandro Guerreiro, concordo que não foi legal. Mas vejamos como são tratados os confrontos individuais. Comentaristas de peso dizem que futebol é jogo de contato. Daí, todo contato vira "normal". Pensem no mesmo Kleber, que jogou no Cruzeiro: quando ia receber uma bola, aguardava o adversário, que sabia estar chegando por trás, com velocidade e violência (para "matar a jogada"). O que fazia? Jogava a bunda para trás, com força, para neutralizar a pancada que certamente iria receber. Acontece que juízes costumam não marcar falta quando o adversário aproxima-se por trás. Pensem, então, em Ronaldinho. Leandro Guerreiro estava "montando" sobre ele, por trás, dentro da área. Juiz dá pênalte? Nem jogo perigoso. A ação de Leandro Guerreiro foi faltosa. O atacante não tem como defender-se. O zagueiro ganha a jogada, irregularmente. Ronaldinho estava sendo empurrado. Só que ninguém marca falta, onde quer que aconteça, naqueles casos de "agarra-agarra" e de "empurra-empurra". Aí, vem o bordão: futebol é jogo de contato.
Verdade é que a ninguém interessa que a violência seja coibida. Nem aos clubes, nem aos árbitros, nem aos dirigentes, nem aos torcedores. Perco agora, ganho mais tarde. Se não houvesse violência no futebol, os comentaristas teriam muito menos a comentar.
Existe anjo não, gente!

Foto: SporTV
http://sportv.globo.com/site/programas/bem-amigos/noticia/2013/05/arnaldo-compara-cabecada-de-r10-em-leandro-guerreiro-com-mma.html

22 de mai. de 2013

ESSE MEU OUVIDO!...

É involuntário, juro! Mas acabo ouvindo coisas na rua que dão asas à minha imaginação. E quanto menos é falado mais tem liberdade o imaginário: posso pensar o que quiser. O celular veio potencializar as oportunidades de ouvir, já que as pessoas conversam na rua, como se estivessem sozinhas.
Hoje, saindo da academia, vi uma moça sentada, à entrada, falando ao celular. Ouvi muito pouco:
"... na rua. ...me olhou com cara feia...". Só isto.
Imaginei: deve ser briguinha de namorados. Devem ter passado um pelo outro, na rua e o namorado fez cara feia (muito tosco!). A jovem devia estar chorando mágoas com a amiga. Reportei-me à moda antiga, quando essas briguinhas costumavam ser resolvidas em sambas-canção, como em CONSELHO:

Se você me encontrar pelas ruas
Não precisa mudar de calçada
Pense logo que somos estranhos
E que nunca entre nós houve nada.

Não precisa baixar a cabeça
Pra não ver os meus olhos nos seus
Passarei por você sem rancor
Sem lembrar que entre nós houve adeus.

..................................................



Maysa
Quem tiver interesse em conhecer a letra toda, encontrará em http://letras.mus.br/emilio-santiago/603747/#. Não consegui abrir o áudio, nem por Emílio Santiago, nem por Maysa.
Não estou certo quando à(ao) compositora(or). Pode ter sido Maysa. Mas penso que não pode ser de Emílio Santiago. Muito mais antiga..
.

21 de mai. de 2013

COMENTANDO COMENTÁRIOS: OBAMA SABIA DE NADA. ADONIRAN BARBOSA SABIA!

Não vou entrar no mérito político. As notícias estão rolando por aí, várias mídias. Denúncias de abuso de poder, nos Estados Unidos, Barack Obama dizendo que sabia de nada.
Para mim, vale mais a capacidade que Adoniran Barbosa tinha de perceber coisas sociais.
Então, vamos à letra de "Morro do Piolho":

Quando eu chego lá no Morro do Piolho,
A tizia fica louca, o tiziu fica de olho.
Charutinho pra cá, Charutinho pra lá,
Vem aqui, "vamo" lá.
Só dá eu, nunca vi coisa igual.
 
Me elegeram para ser governador
Lá do Morro do Piolho,
Onde eu sou fundador.
Por muitos votos, eu ganhei a eleição.
Para vice foi eleito o Panela de Pressão.
A Pafuncinha foi quem se admirou:
Como é que esse malandro
Teve a consagração?
A Terezoca foi chamar o Trabucão
Que, com a sua argucidade,
Descobriu a tapeação.
Eu, como sempre, acabei entrando bem.
Êta nego sem vergonha o Panela de Pressão.
Esse negrão, quando vê a coisa preta,
Vai dizendo: Tô inocente!
Não conhece mais ninguém.



adoniran desenho
Ver estória desta imagem em
http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/02/elifas-eu-sou-esse-palhaco-triste-aqui.html


Nota 1: Segundo o Cultura Brasil - portal da música brasileira(http://www.culturabrasil.com.br/generos/velha-guarda/charutinho-3) - Adoniran Barbosa assinou esse samba com o nome de Peteleco (seu cachorro), em parceria com Jacob de Brito e Carlos Silva.

Nota 2: Essa letra aí em cima está na minha memória. Algumas páginas trazem o áudio e a letra. O áudio bate mais com a letra da minha memória do que com a escrita nesses sítios (alguns endereços adiante, para quem tenha interesse em conferir).

http://letras.mus.br/adoniran-barbosa/83328/
http://www.kboing.com.br/adoniran-barbosa/1-1107581/

Imagem: R7 Entretenimento.
http://entretenimento.r7.com/musica/noticias/livro-mostra-capas-de-discos-historicas-da-mpb-20100915.html

20 de mai. de 2013

CASAMENTO GAY: FALTA MAIS NADA?



Sei não. Não li o texto e não palpito sobre o que não conheço. Mas acho que só não estará faltando mais nada se vier, no pacote, o divórcio gay.
Afinal, se o casamento entre heteros admite o divórcio, é indispensável que a nova modalidade também admita. Não vejo por que os homoafetivos, depois de tanta batalha para poderem casar e adotar crianças, tenham, daqui a algum tempo, de enfrentar outra latomia, para irem ao divórcio.
Pacote completo já, ora!



Foto: Cidadania Cristã.
http://lyvrearbitrio.blogspot.com.br/2012/05/comissao-do-senado-aprova-projeto-que.html


19 de mai. de 2013

URT FAZ FESTA EM PATOS DE MINAS

_DSC0054 (Custom)Cheguei a Patos ontem, por volta das dezenove horas. Barulheira danada, minha mulher sacou logo: a URT ganhou o jogo e está na primeira divisão!
Não deu outra. A URT ganhou do Democrata de Governador Valadares, por três a zero. Festa entre os torcedores do "Trovão Azul".
Hoje, no início da tarde, encontrei-me com um atleticano, com camisa e tudo, no shopping. Estava tomando uma cervejinha e muito na dele: "vou ser campeão duas vezes". Meio desligado, perguntei por que duas vezes. De bate-pronto: "Ontem a URT! Hoje o Galo! Vai ser quatro a zero!".
Brinquei, dizendo-lhe que pegasse leve: "O Cruzeiro não está morto!".
Agora, à noite, ouço as buzinas e os gritos de euforia de torcedores atleticanos. Entre eles, deve estar o meu amigo "bi" campeão: Trovão Azul e Galo!
Gosto de futebol, sem torcer, mas tendo prazer em assistir a bons jogos.
Por isto, gostaria que o Mamoré tivesse conseguido a façanha, também. Se tivesse acontecido, poderíamos assistir a quatro jogos bons, pelo menos, no campeonato mineiro. Os dois daqui contra Atlético e Cruzeiro. Sem contar a tradição do América e os demais concorrentes, que estão um passo adiante. Como só a URT passou, teremos de nos contentar com dois apenas, entre os dois grandes, além de um jogo contra cada um dos demais.
Penso que seria muito bom para a cidade se as forças de ambos se unissem, buscando presença na elite. Poderiam brigar entre si, na divisão principal.
Não vejo vantagem na briguinha doméstica.
Feita a minha declaração de vontade, cumprimento o pessoal da URT, pela vitória e pela conquista do primeiro lugar na divisão de acesso.

Foto: AG esporte
http://www.agesporte.com.br/urt-e-campea-do-modulo-ii-2013/

FOI UM JOGÃO!

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
JOGADORES ABRAÇANDO A TAÇA
Disse, na semana passada, que o time do Cruzeiro pareceu-me nervoso, desequilibrado. Penso que o Atlético poderia ter ganho o jogo, no domingo passado, mesmo que o Cruzeiro tivesse jogado o que jogou hoje. Mas seria uma final para ninguém achar defeito.
Hoje, o Cruzeiro jogou equilibrado, muito combativo e o bicho pegou. O primeiro tempo foi quase todo cruzeirense, salvo umas escaramuças do Tardelli. No mais o Cruzeiro mereceu os dois gols, só não tendo sido mais emocionante porque nasceram de dois pênaltes.
O Galo voltou equilibrando, e dominou a maior parte da fase final. Deu bola na trave, defesas muito boas do Fábio... Custou mas o Galo conseguiu marcar. De pênalte também.
Mas foi um jogão. Não uma pena, como achei o primeiro jogo da final, que poderia ter sido melhor.
O futebol mineiro é que está de parabéns. Uma final de verdade, uma luta sem descanso, um para alcançar o número de gols necessários, o outro fazendo de tudo para evitar e só no segundo tempo buscando e conseguindo o gol.
Penso que Minas Gerais fará bela presença no próximo Brasileirão, se as coisas continuarem como andam no Atlético e no Cruzeiro. Se melhorarem, pode virar festa.


Foto: Super Esportes
http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/interior/2013/05/19/noticia_interior,250946/atletico-e-derrotado-pelo-cruzeiro-mas-leva-o-trofeu-de-campeao-mineiro-de-2013.shtml 

18 de mai. de 2013

NA MESMA TECLA: SEM ESSA DE FAVORITO! (NOVA EDIÇÃO)

Não se iludam: a final do campeonato mineiro não será nada fácil. Impossível devolver o placar de 3 x 0? Penso que não. Sempre achei que quando um bom time aplica uma goleada em outro bom time, tudo deu certo para o primeiro e tudo deu errado para o outro. Mesmo que haja algo de disparidade, é clássico afirmar que "clássico é clássico".
Rememoremos o primeiro jogo. O time do Atlético agrediu o do Cruzeiro desde a saída da bola. Foi mais efetivo, mais eficiente (fez muito) e mais eficaz (conseguiu sucesso com o que fez). Convenhamos: tudo deu certo para o Galo. O Cruzeiro começou com o Dagoberto chutando para o alto cobranças de falta que faz bem; começou com Diego Souza fazendo várias faltas, no ataque. Disse, aqui, que achei os jogadores do Cruzeiro nervosos, o time desequilibrado (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/05/galo-3-x-0-cruzeiro-uma-pena.html). Diego Souza iniciou animado e quase desapareceu. O único chute que pegou bem foi parar na trave. Tudo deu errado para o Cruzeiro.
Então, o Atlético tem que cuidar, pelo menos, para que nem tudo lhe saia errado e, de preferência, que tudo lhe saia certo. Se sair, poderá vencer o jogo, mesmo que o Cruzeiro jogue melhor do que jogou no domingo passado.
Penso que o Cruzeiro vai marcar o Ronaldinho rente, para que não faça os lançamentos eficientes, como de costume. Acho que o Cuca tentará neutralizar isto, fazendo Ronaldinho deslocar-se de modo diferente, para atrair atenções no Cruzeiro. Penso que Ronaldinho quererá dar um nó no Felipão. No mais, acho que está doido para ser campeão mineiro e da Libertadores. Se estiver certo, não será fácil parar o Galo. O que já será um pesadelo para o Cruzeiro, porque, mesmo marcando, correrá o risco de o Atlético marcar também. E aí a coisa ficará mais difícil.
Finalmente: repito o que afirmei aqui, antes do primeiro jogo (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/05/sem-essa-de-favorito.html): SEM ESSA DE FAVORITO! O jogo só acaba quando termina. O campeonato também!
E fim de papo!

Vamos combinar, gente! Insistindo: SEM ESSA DE FAVORITISMO! Ainda não ganhamos nada (é repetitivo mas é verdade!). O Galo tem de jogar o próximo jogo como se fosse o primeiro da Libertadores. No dia seguinte ao Tijuana, um galista militante, camisa oficial e tudo, bonachão, disse, eufórico: "o Atlético teve a sorte dos campeões!". Quem quer ganhar não pode pensar em sorte.

Imagem: Super Esportes.
http://www.df.superesportes.com.br/especiais/brasileiro/br_ficha_atletico_mg/

17 de mai. de 2013

COMENTANDO COMENTÁRIOS

COMENTÁRIO: Publicado no jornal "Folha de S. Paulo", 17 de maio de 2013, página C2, sob o título "Só teatro", assinatura de Barbara Gancia.
Assunto: fala de possibilidades à disposição de réus no episódio conhecido como "mensalão", e critica circunstâncias do julgamento.
Excertos:


"Quinzão ... Teme a hipótese de que o plenário do STF decida em favor de recursos que favoreçam os réus do mensalão que tiveram quatro votos a favor. ... Em 20 ou 30 anos, quando o contexto político for outro; a composição do STF for outra e, quem sabe, a temperatura for mais baixa nas áreas da banca em que ficam empilhadas as revistas semanais, as pessoas se darão conta de que o acórdão, a sentença final do mensalão, é um documento sem pé nem cabeça, sem sustentação alguma, sem lógica interna, e que não foi a 'impunidade' que o fez naufragar, mas sua falta de coerência. ...Desde o dia 1º venho martelando que a peça é capenga. Não, não entendo xongas de direito. Eu mais os milhões de fãs de Barbosa que ficaram meses com o nariz grudado na TV vendo o juiz em ação - sem revide da defesa, diga-se. Mas muito especialista que examinou a papelada reconhece que existe ali mais populismo jurídico do que competência de fato - foram 37 réus julgados de uma vez só por crimes diversos, onde já se viu uma coisa dessas? ... O caro leitor já tentou ler o documento? Também não li. Mas quem teve de se debruçar sobre a obra atesta que ela não diz lé com cré."

Primeiro que tudo, gostaria de saber o que a colunista está querendo dizer, quando fala que a sentença "não diz com cré". Se quer falar em coerência, acho que terá de discutir com minha memória.
Minha memória que, com veemência, diz-me que a expressão não complementa nem é complementada pela expressão cré. Antes, são mais ou menos antagônicas, uma referindo-se um segmento mais humilde e a outra a segmento mais elitizado. Ou seja, uma não se dá com a outra. Não posso, pois, deixar de referir-me a meu velho professor de português, o Cônego Siqueira, ensinando nos - a nós, seus alunos no Colégio Estadual, em Belo Horizonte - que a expressão deveria ser com , clé (e não cré, que a ignorância das pessoas simples conseguiu emplacar, nos processos de evolução da linguagem) com clé. Tudo isto significando leigo com leigo, clérigo com clérigo, em época em que os conventos tinham, em seus serviços, sacerdotes clérigos e sacerdotes leigos. Consta que não se misturavam.
Portanto, se foram aqueles que se debruçaram sobre a papelada, e atestaram que "ela não diz lé com cré", não terão cometido engano. Penso que, qualquer que fosse a circunstância, as conclusões não poderiam ter sido afastadas das informações nos autos. Poder-se-ia dizer que nada tinha a ver com , ou que cré (forma que restou na cultura até erudita) nada tinha a ver com cré. Acho que se estavam querendo falar em contradição, penso que incorreram em erro semântico.
Se a expressão foi trabalhada pela colunista, penso que não sabe exatamente do que está falando e que o Cônego Siqueira não a teria deixado passar de ano.
Aspecto mais relevante: tenho comigo que as avaliações de Ministros do STF é polarizada. Quem é PT ou adjacências adora o Lewandowski e o Tóffoli e odeia o Joaquim Barbosa; quem é PSDB e adjacências adora o Joaquim Barbosa e detesta o Lewandowski e o Tófoli.
Tenho comigo, também, que cerca de 99% dos brasileiros - eu inclusive - nada sabem dos autos do julgamento. Tudo por ouvir dizer. Assisti a muitas das sessões do julgamento. Mas só tenho informações que me foram passadas na leitura de peças dos autos, ou de leituras de votos. Nada mais.
Aí é que mora o perigo. Falar de mensalão em um boteco qualquer, sem conhecimento dos autos, é mero palpite (opinião precisa de fundamento sério), na maioria das vezes comprometido com partidarismos políticos. Coisa inconsequente, que se evapora junto com o álcool.
Agora, em uma coluna de jornal considerado sério, afirmar que não leu "a papelada" e transmitir opinião tentando deslustrar o trabalho do STF, não pode ser considerado sério. Se os réus do mensalão conseguirem provar que foram tungados pelo STF, que o julgamento foi irregular, e outras coisas, serei o primeiro a aplaudir a democracia. Mas o que vi na coluna comentada não é só desinformação. É deformação da opinião pública, sempre presa fácil de quem tem uma mídia à sua disposição, mas não tem comprometimento com a busca de informações precisas e neutras.

16 de mai. de 2013

NÃO ERA DIA DE CORTINTHIANS!

Não! Não era!
corinthians-x-bocaNão há por que discutir o jogo. Não há por que dizer que o Corinthians foi melhor. Cada time fez o seu papel: o Corinthians buscou o gol, todo o tempo; o Boca buscou não tomar gol, todo o tempo e por todos os meios. Fez um em jogada bela, mas solitária. Perdeu outro, em rebote que um argentino jogou para cima. Pode ser que Riquelme tenha cruzado, pode ser que tenha buscado o gol. Só o craque argentino - não tão craque mais - poderá dizer de seu intento.
O que vi do jogo foi exatamente que não era dia de Corinthians. Faltou a "sorte da visibilidade".
Não é fácil para um time que entra em campo precisando de dois gols, passa a precisar de três, enfrentar tanta falta de visibilidade: um pênalte que, pelo vídeo, mostrou-se escandaloso, mas que nem juiz nem auxiliares conseguiram ver; dois gols legítimos, negados por impedimentos falsos. Poderia ter sido 4x1 (se o pênalte tivesse sido marcado e convertido), 5 se Pato não tivesse perdido aquele gol, sem goleiro, falha que pode garantir-lhe lugar na galeria do "Inacreditável Futebol Clube".
Jogo mais do que dramático. Afinal, o drama não foi o fato de o Corinthians não ter conseguido fazer os gols de que precisava.
O drama foi o Corinthians ter conseguido fazer mais gols do que precisava, mas não ter conseguido fazer com que tivessem sido vistos por quem estava lá para vê-los.
Não é lamento de desclassificado. Não torço pelo Corinthians. Nem contra.
Mas que ontem não era dia de Corinthians, isto não era.
Os corinthianos devem estar com a cabeça inchada!
Mesmo assim, aplaudiram intensamente o seu time.
Grande demonstração de "amor louco"! Beleza!


Imagem: SB 24 HORAS
http://sbo24horas.com.br/corinthians-perde-para-o-boca-juniors-arg-no-jogo-de-ida-das-oitavas-de-final/

14 de mai. de 2013

RAPUNZEL NA RÁDIO CLUBE

Alvorada Mineira
MARQUINHOS MASSA COM O NEGÃO
BERNARDO FRANCO














Marquinhos Massa, um dos faladores do programa "Alvorada Mineira" (www.clubefm99.com.br ao vivo) está comandando uma promoção da emissora: você passa, de carro, pelo prédio onde funciona, "dá uma buzinadinha" e o Marquinhos atira, pela janela, um CD da Fenamilho. 0800.
Primeiro, pensei: e os pedestres? Sem buzinadinha?
Em seguida, imaginei a fonte de inspiração: Rapunzel. Passava o cavaleiro belo e elegante, em seu vistoso e imponente corcel, parava diante da torre onde a donzela estava prisioneira, e gritava: Rapunzel, jogue-me suas tranças! A jovem, de beleza estonteante e sedenta de amor, chegava-se à sacada e lançava suas longas e belas tranças, que o lindo cavaleiro, usava, como cordas, para subir à torre para momentos de idílio - cinco ou poucos mais minutos de felicidade (felicidade rapidinha, hein?).
Não sei se a estória acabou em final feliz, para sempre.
Só sei que o Marquinhos Massa tem mesmo é de jogar CDs. Com aquela cabeleira dele, não dá para jogar tranças.


FOTO: Alvorada Mineira no Facebook.
http://www.facebook.com/alvorada.mineira?fref=ts


13 de mai. de 2013

PERDER UM JOGO, MESMO DE GOLEADA, NÃO É FEIO. MAS PODE FICAR (II)

Sob este mesmo título, comentei o jogo Atlético Mineiro X São Paulo, acontecido na semana passada. Tratei de atitudes desleais de alguns jogadores são-paulinos.
Vale para o Atlético 3 x 0 Cruzeiro o mesmo que ponderei ali (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/05/perder-um-jogo-mesmo-de-goleada-nao-e.html).
Comentei que não é fácil conviver com as derrotas. E que, segundo Rudyard Kipling, com as vitórias também não. Quem for capaz das duas atitudes, segundo Kipling, "...é um homem, meu filho".
Disse que, para mim, o verso mais importante está adiante (se houver alguma discrepância, ou correrá por conta da tradução ou da memória do "véio"):
 

"Se, enfrentando a derrota e o triunfo,
conseguires tratar da mesma forma a esses dois impostores,
... és um homem, meu filho."
 
Acho que Bruno Rodrigo ficou mal na fita quando, após segurar e derrubar Ronaldinho, vendo o vermelho cada vez mais perto, fingiu que o atleticano o havia atingido no rosto. Deve ter tido vergonha de si mesmo, porque logo desfez o gesto.Fichas técnicas dos jogos de Atlético e Cruzeiro
Aproveito para acrescentar que, segundo Millôr, é melhor ficar com vergonha dos outros do que de si mesmo, porque os outros vão embora.
 
 
 
 

12 de mai. de 2013

GALO 3 X 0 CRUZEIRO: UMA PENA!

Fichas técnicas dos jogos de Atlético e CruzeiroEsperava um jogão. Afinal, o Cruzeiro fizera a melhor campanha e está com um time muito bom. O Atlético não foi perfeito no Mineiro, mas destaca-se na Libertadores. Prato cheio!
Não vi o jogão. Achei que o Cruzeiro não estava equilibrado, já no início do jogo. Diego Souza começou muito animado, uma arrancada muito boa. Mas Dagoberto não fazia bem o que habitualmente faz: chutes de longa distância, cobranças de faltas... Chutava por cima, muito longe do gol... Não estava bem e comentei com minha mulher que o time não me parecia calmo.
Discussões e encontrões foram frequentes.
O árbitro usou aquele velho esquema: tentar levar no papo. Acabou dando um cartão para jogador do Galo, depois de aliviar para um cruzeirense. Não estou falando em desonestidade. Sempre acho que não dá certo aliviar para um, no início, porque acaba fazendo injustiça. O time do Cruzeiro começou jogando pesado mas o primeiro amarelo saiu para jogador do Galo.
O que me incomodou foi o comentário do Bob Faria, quando Ronaldinho Gaúcho sofreu pênalti. Girou sobre o marcador, que o segurou, puxou camisa e o mais. O juiz não apitou e Ronaldinho não teve alternativa que a de tentar o gol, mesmo mal equilibrado, dando chance ao Fábio (ou a um zagueiro, não percebi com certeza). Foi aí que o Bob Faria comentou que se Ronaldinho tivesse caído, o juiz teria dado o pênalti. Como não caiu e ficou de frente para o gol, o árbitro preferiu "dar a vantagem". Mas tem vantagem em pênalti? Penso que só se resultar em gol. Achava que o Bob era atleticano, mas estou em dúvida. Penso sempre que os comentaristas comentam com a cor de sua preferência. Não sei a cor da bandeira do Bob, mas achei muito estranho ele falar em vantagem em pênalti.
Achei desleais alguns jogadores do Cruzeiro (penso que em razão do que achei falta de equilíbrio). Teve uma falta (quase tesoura voadora) do Everton (não me lembro qual dos dois, mas ambos levaram cartão) sobre o Bernard, se não me engano. Depois foi a vez de Ceará chutar, por trás, o tornozelo de Bernard. Visivelmente, não buscou a bola: pé esquerdo no direito do menino (!!!!), com a bola à frente deste. Não me lembro se foi amarelado por isto. Segundo o narrador, de sete faltas feitas pelos jogadores do Cruzeiro, até certa altura do jogo, quatro haviam sido feitas por Ceará, ou por Diego Souza, não me lembro com certeza. Mas a falta de equilíbrio ficou evidente.
Para ver o cartão vermelho, o Bruno Rodrigo, amarelado anteriormente, agarrou o Ronaldinho, que já havia passado por ele. Tive a impressão que, de sobra, deu uma joelhada (tipo "tostão") no trazeiro do craque.
O jogo foi muito pior pelas deslealdades do que pelos pênaltes não apitados. Sobre Ronaldinho e sobre Rever (agarrado escandalosamente, no ataque), que também poderia ter sido expulso, com vermelho, por falta "tática", depois do amarelo. Não sei se o juiz (então o substituto) considerou outros erros, para "compensar", ou se preferiu organizar-se com o Diego Souza, que se mostrou completamente descontrolado: mesmo depois de ter recebido o amarelo, pela reclamação, em que exagerou (estava certo em querer a expulsão do Rever, mas passou da conta), ainda dirigiu-se ao juiz, continuando a reclamar e "pedindo" o vermelho, que resultaria em suspensão automática. Teria sido péssimo para o Cruzeiro, já sem Bruno Rodrigues para o último jogo do campeonato.
Queria ter falado só sobre futebol: um Atlético muito rápido, muito dedicado, bem treinado, Ronaldinho jogando muito e Tardelli buscando bola na intermediária do Galo. Do outro lado, esperava ver o time equilibrado que vi durante o campeonato, um Everton Ribeiro muito bom, com técnica, classe, visão de jogo e capacidade para marcar. Além disto, um conjunto bem treinado, com louvor para Marcelo Oliveira.
Penso que não será muito pedir para os jogadores acalmarem-se ou serem acalmados. Sabem jogar bola mas não mostraram isto hoje, em sua plenitude.
Gostarei se puder ver um jogo de futebol de verdade.

Imagem: Carmópolis Notícias.
http://carmopolisnoticias.com.br/noticias/Fichas-tecnicas-dos-jogos-de-Atletico-e-Cruzeiro/35.html#.UZBIdvm5eUk

11 de mai. de 2013

PROMETI, CUMPRO: AÍ ESTÁ PAULO VANZOLINI POR RAUL DUARTE

"ONZE SAMBAS E UMA CAPOEIRA"


Havia publicado sobre Paulo Vanzolini
De novo no ninho, transcrevo o texto de Raul Duarte.

"Está sendo caçado, com toda a fúria, esse famigerado espião da alma popular, que se disfarça, às vezes, atacando de cientista e com repetidas passagens pelos centros mais importantes das Américas. Chamado a depôr, ajudo a reprodução de seu “retrato falado” para que mais fàcilmente, seja o indiciado reconhecido.
Sei que ele vaga, pelas madrugadas, quase como um anônimo, pelas 'bôcas do samba', substituindo o seu vocabulário de museus pela gíria malandra circulante, mordendo um cachimbo. Costuma trocar uma lágrima por uma talagada, molhada de saudade, na toca em que Zelão gemia os seus refrões e vai por aí...
Também estou interessado na sua captura, para que venha a cumprir a sentença decretada, nesta cadeia gradeada de amigos. Mas devo ser preciso  neste depoimento. Se, como reza o processo, êle seduziu essa dama das ruas, não creio que ela – a alma das calçadas – tenha capitulado à custa de violência, ou envolvida com promessas de casa nova...
Nem acredito que a tenha perseguido como um gavião atocaiado  nas esquinas. Interpelada, há de confessar que foi ela quem o rodeou, atraída, e, chegando-se à sua mesa, sentou-se, ordenando:
- Barba e cabelo, Paulinho.
Foi assim que Paulo Vanzolini tomou-a nos braços e tornou-a sua concubina. Dêsse amor de trapo e farrapo, vieram as crianças... que enchem a sua vida boêmia, onde se desconhece o planejamento de família. Virão outras. E serão benvidas: cabôclas, crioulas, 'queimadinhas', e serão todas reconhecidas no terreiro, legítimas que são de Paulo Vanzolini.
Ele já aprendeu muito com elas e para elas, mas ainda não aprendeu a fazer dinheiro. Tomando umas e outras, repetirá:
Dá volta por cima!
Aí está um rápido instantâneo deste môço, no instante em que ele troca de olhos para mirar as borboletas...".

A canção de que mais gosto, feita por Paulo Vanzolini, é Capoeira do Arnaldo. Um roteiro e resultado de Educação. Quem achar de conhecer irá encontrá-la no YouToube (https://www.youtube.com/watch?v=125q20xRxLY ).


Foto: Ser-Tão Paulistano

http://www.sertaopaulistano.com.br/2013/04/paulo-vanzolini.html


10 de mai. de 2013

SIMPATIA

Simpatia é simpatia:
vindo de dentro do peito,
fazem o mesmo efeito
um "boa tarde" e um "bom dia".
IMAGEM: ZIRALDO.

A PALAVRA PRONUNCIADA PODE TORNAR-SE UMA COBRA

Esplanada dos MinistériosAssisti, pela TV, à manifestação da Presidente sobre a nomeação do Ministro da Pequena e Média Empresa. Assisti, também, à manifestação negativa de um senador - da oposição, óbvio - dizendo que não é adequado uma pessoa que tem interesses em dois lados exercer a chefia em um deles.
A Presidente foi incisiva (e é aí que, para mim, a palavra transformou-se em cobra): disse S. Excelência que Domingos Afif é "o homem certo no lugar certo".
Uai, sô! Eu pensava que todos os ministros eram.


Foto: Poder Online.
http://colunistas.ig.com.br/poderonline/2011/04/08/quarentena-mais-rigorosa-esta-parada-no-congresso-ha-quatro-anos/esplanada/

INVEJA

Do Millôr, claro. Lamentei não ter tido a ideia.
Postando no feice para uma amiga, coloquei lá:

"No princípio era o verbo. Agora, é a verba."

Puxei-me para trás, na hora: isto não é ideia minha! Tá com cara de Millôr Fernandes.
Fui procurar. É dele, sim. Achei montão de outras "bobagens" do monstro.
Vale a repetição, com o crédito, óbvio.


Imagem: FRPromotora
http://frpromotora.com/pagina.php?pag=extra44

9 de mai. de 2013

PERDER UM JOGO, MESMO DE GOLEADA, NÃO É FEIO. MAS PODE FICAR.

Disse, hoje pela manhã, que o jogo Atlético Mineiro x São Paulo poderia ter sido "mais ótimo" (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/05/ronaldinho-fez-chover-tardeli.html). Os motivos estão lá. Agora, a outra face da medalha: poderia, também, ter sido "menos péssimo".
Em geral, é difícil saber lidar com as derrotas. Segundo Rudyard Kipling, com as vitórias também.
É no poema Se (If, no original) que Kipling enumera algumas relações da pessoa com circunstâncias da vida e concluindo que quem é capaz "...é um homem, meu filho". Hoje, tentando descartar o machismo, podemos dizer que se dirigia a cada pessoa, independentemente do gênero. Para mim, o verso mais importante está adiante (se houver alguma discrepância, ou correrá por conta da tradução ou da memória do "véio"):

"Se, enfrentando a derrota e o triunfo,
conseguires tratar da mesma forma a esses dois impostores,
... és um homem, meu filho."

Quando o São Paulo já não podia mais ter esperança, um jogador seu - que já mimoseara Ronaldinho Gaúcho com entradas menos convencionais, e tivera um troquinho do mesmo - aplicou-lhe um golpe, fora do lance. Ronaldinho estendeu o braço e passou a mão perto da orelha do rapaz, sem arranhar, puxar orelha ou qualquer outro ofendículo (não vou pô-lo de santo, mas fora provocado). O jogador (infelizmente não sei o nome, porque ouvi falar pouco dele, durante a transmissão) percebeu que poderia fazer uma cena e mandou ver: desabou em campo, sem que tivesse levado sequer um empurrão.
Achei muito feio. Já tenho repetido. Acho que jogadores são orientados por treinadores, dirigentes, colegas, etcetera, para fazer cena, chamar a atenção de juiz, provocar um amarelo... Aquelas questões de falta de ética no futebol.
Para mim, esse jogador tornou a derrota "mais péssima".
No final do jogo, foi a vez de Carleto. Achei que o lateral esquerdo do São Paulo fizera uma ótima partida, consideradas as peculiaridades do jogo. Iniciou as principais jogadas perigosas do São Paulo e foi chutada por ele a bola que o Vitor deixou escapar, aproveitada pelo Luiz Fabiano.
Pois bem, o Carleto deu um tapa, ou coisa parecida no Rosinei. Final de jogo, Rosinei revidou. Um tapa - parece que forte, mas pegando de raspão. O juiz correu na direção dos dois. Carleto não se fez de rogado: fez cara de dodói e desabou.
Para mim, pôs fora a boa atuação. Ficou a imagem de um derrotado indisciplinado e coitadinho.
Como dizia o cabo Miguel: Foi "muito péssimo"!
Melhor a comemoração de Tardelli, autor do gol que achei mais bonito.

Foto: Super Esportes
http://www.df.superesportes.com.br/app/1,9/2013/05/08/noticia_atletico_mg,249971/atletico-carimba-vaga-com-goleada-sobre-sao-paulo-e-diverte-a-massa-alvinegra.shtml