23 de abr. de 2013

O GALVÃO FALA SIM






Há alguns dias, postei "Será que o Galvão fala bobagens, mesmo?" (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/03/sera-que-o-galvao-fala-bobagens-mesmo.html). Sei que é muito difícil fazer ao vivo. Mas o Galvão tem estrada, conhece o mundo inteiro e naquele "Bem Amigos" vê-se que gosta de que todos saibam disto.
Tenho segurado algumas implicâncias que tenho com ele. Acho que se contradiz, freqüentemente. Assistindo a um "Bem Amigo", ouvi-o bradando que não se podia tratar de um jeito que falou (não me lembro) "...o melhor futebol do mundo". Mas que melhor futebol do mundo, Galvão? Não estamos com essa bola toda e os resultados dos jogos da seleção brasileira estão aí a incomodar muita gente. A contradição veio depois. No mesmo programa, o moço disse que não temos grandes nomes brasileiros em atividade, e que aqueles que jogam no exterior, em grandes clubes, não são as referências, nos respectivos times. Então, que melhor futebol do mundo?
Pois bem. Hoje, assisti a alguns trechos do jogo Bayern contra o Barcelona, que perdia por três a zero (depois, levou o 4 x 0). Aí, vem o Galvão: "Quem acreditaria nisto?"
Primeiro: acho que já passou da conta essa idolatria pelo Barcelona. Há algum tempo, falei o que pode ser considerado uma grande heresia futebolística: o Barcelona era time de uma jogada só.
Era aquela de "alugar meio campo", prensar o adversário. No jogo contra o Santos, achei que o esquema era vulnerável. Um contra ataque pegaria o goleiro sem defesa. Por duas vezes, o Neymar recebeu bola, ainda fora da área, com o goleiro, apenas, pela frente, em condição regular. Achei que Neymar tremeu. Não conseguiu executar aquilo que, jogando contra time brasileiro, teria feito com grande facilidade. Mas pareceu-me que havia um temor reverencial em face do Barcelona e de sua estrondosa fama.
Nos jogos a que assisti, achei o Barcelona desleal: se algum adversário tomava a bola, na intermediária, era parado com falta. Exatamente porque havia nenhuma cobertura (hoje o Galvão classificou de "falta tática" uma infração de jogador do Barcelona, impedindo a evolução de jogada em direção ao gol. Acho que "falta tática" é eufemismo de anti-futebol).
Na final Barcelona x Chelsea, que venceu por um a zero, um defensor deste tomou uma bola no lado direito da intermediária. No mesmo momento, Ramires disparou para o campo adversário, pela esquerda. Ninguém poderia tê-lo parado com falta, porque a concentração de jogadores estava do outro lado. O jogador que tomou a bola lançou rápido para a esquerda, Ramires avançou e, quando saíam no seu encalço, deixando livre a direita, cruzou. Deu no que deu: 1x0 Chelsea campeão. Terá o treinador do Chelsea pensado o que pensei? Achou a solução (em que não pensei).
Voltemos ao Galvão, no jogo de hoje. Depois de dizer "quem acreditaria?", informou que o Bayern havia ganho do adversário italiano (não me lembro), em etapa anterior do mesmo campeonato, e fizera um somatório de quatro gols nos dois jogos. Contradição ou estou sendo um chato?
E porque "quem acreditaria"? Afinal, o Chelsea é tão semifinalista quanto o Barça. Que vai ter de penar, em seu terreiro, para desfazer uma diferença de quatro gols. O que não acho impossível. Mas que vai ter de penar, isto vai!

Imagem: Live Tips For Sports Trading
http://livesportips.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html

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