1 de out. de 2012

OLHEMOS A LUA

Enquanto pudermos fazê-lo livremente.
"Vai longe o tempo em que se a noite era de prata, violões em serenata enchiam o céu de amor. E a morena, da janela ou do balcão, se gostava da canção, sorria ao trovador.... Ante a força do progresso, meu violão silencia."  
Podem chamar de saudosismo. Mas já atravessei Belo Horizonte a pé, após as três horas da madrugada. Ônibus não havia mais. Taxi, nem se eu tivesse dinheiro. Tive de ir a pé, mesmo. Sozinho. Ninguém importunou. Cheguei ileso à casa.
As coisas estão mudadas. Menos a lua, que continua linda, convidativa, emocionante.
Será que, antes de morrer, vou poder rememorar minhas noites de lua? Ou minhas filhas? Ou meus netos?

Foto: Roberto Pinheiro Acruche
http://robertoacruche.blogspot.com.br/2011/03/confidencias-ao-luar.html

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